O objetivo que a UE procura atingir é a neutralidade climática (proposta do Acordo Verde Europeu), o investimento em energias limpas e a procura de novos aliados, fiáveis e empenhados no objetivo de uma transição energética verde e justa. Estes movimentos adquiriram uma dimensão nunca antes vista, mas a UE ainda precisa de modernizar as redes energéticas para apoiar a integração do sistema energético e para introduzir outros vetores de energia descarbonizados e com baixas emissões, como as tecnologias renováveis de hidrogénio e de lítio (segundo o Acordo de Paris).
Enquanto tal acontece, a América Latina e as Caraíbas (ALC) é uma das regiões do mundo que mais tem sofrido com as alterações climáticas: perda de colheitas, novos problemas de saúde pública, fenómenos meteorológicos extremos ou a proliferação de incêndios de sexta geração. O interesse desta região em trabalhar para a mudança climática é evidente, pelo que é uma necessidade urgente desenvolver as ferramentas necessárias. A ALC é uma região altamente rica em recursos naturais que são alternativas relevantes para as indústrias poluentes tradicionais, como a energética. Dados revelam que o chamado “triângulo do lítio”, integrado pela Argentina, Bolívia e Chile, representa 56% dos recursos globais. Estima-se também que a ALC poderá produzir 12% da procura de hidrogénio verde até 2050. A transição energética representa uma necessidade e uma oportunidade para a região. No entanto, a ALC não dispõe dos recursos nem dos conhecimentos necessários para explorar, por si só, todo o potencial dessas tecnologias.
Neste contexto, a UE e a ALC apresentam possibilidades complementares e são, de certa forma, parceiros naturais. Os problemas internacionais exigem soluções internacionais e este desafio é uma boa materialização. A cooperação UE-ALC em matéria de transição energética deve começar pela cooperação entre as infraestruturas de investigação europeias e latino-americanas. Por um lado, a UE precisa de um rápido desenvolvimento da investigação sobre energias renováveis para solucionar algumas das suas limitações, como a sua intermitência. Por outro lado, a ALC precisa de abandonar o papel puramente extrativo e subir na cadeia de valor do lítio e do hidrogénio verde, bem como de fontes de energia como a solar-térmica, para poder ultrapassar a “maldição dos recursos de base”. O EULAC Energytran pretende trabalhar nesse sentido.
Cooperação entre as infraestruturas de investigação para a transição energética entre a Europa, a América Latina e os países das Caraíbas
Funded by the European Union. Views and opinions expressed are however those of the author(s) only and do not necessarily reflect those of the European Union. Neither the European Union nor the granting authority can be held responsible for them.
EULAC ENERGYTRAN © 2024 · Todos os direitos reservados
EULAC ENERGYTRAN © 2024
Todos os direitos reservados
Cooperação entre as infraestruturas de investigação para a transição energética entre a Europa, a América Latina e os países das Caraíbas
EULAC ENERGYTRAN © 2024
Todos os direitos reservados
Para proporcionar as melhores experiências, utilizamos tecnologias como os cookies para armazenar e/ou aceder a informações do dispositivo.